Sumário
Sumário Relatório PDF

Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher

Introdução

O Instituto de Pesquisa DataSenado , em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência , lança a 11ª edição da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher. A pesquisa bienal acompanha a percepção das mulheres brasileiras sobre a violência doméstica e familiar há 20 anos, desde 2005. Naquele ano, a primeira edição do levantamento serviu de subsídio para a formulação da Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, marco no combate à violência contra a mulher no Brasil e referência mundial. Essa também foi a primeira pesquisa realizada pelo DataSenado. Desde então, o Instituto entrevistou mais de 4,7 milhões de cidadãos por meio de mais de 500 pesquisas sobre temas diversos, como apoio à democracia, demandas da população para o parlamento, direitos das pessoas idosas e impacto de notícias falsas.

Ao longo de duas décadas, a pesquisa sobre violência contra a mulher evoluiu para captar não apenas a percepção, mas também a vivência das mulheres brasileiras, refletindo mudanças sociais e políticas. Temas como raça, gênero e tecnologia foram incorporados, assim como maior atenção à rede de proteção e aos recursos disponíveis para combater a violência, como as Medidas Protetivas de Urgência. Até hoje, a pesquisa já entrevistou 56.085 mulheres, tornando-se a maior e mais longa série histórica sobre o tema no Brasil.

A edição de 2023 ampliou a amostra para mais de 21 mil entrevistas, permitindo análises a nível estadual, recortes raciais e, pela primeira vez, a inclusão de mulheres trans.

Seguindo essa linha, a edição de 2025 entrevistou 21.641 mulheres de 16 anos ou mais em todo o território nacional, no período de 16/5 a 8/7/2025. Nessa oportunidade, a pesquisa aprofundou a investigação sobre a violência declarada, incluindo perguntas sobre a existência de testemunhas, ajuda de adultos, tempo de recorrência da violência e agressões digitais, além da inclusão de informações sobre mulheres com deficiência. Também participaram 107 mulheres trans, respondendo a questionário específico sobre suas vivências.

O processo de elaboração da pesquisa contou com ampla colaboração entre instituições e especialistas do ecossistema de combate à violência contra a mulher, incluindo inédita participação da sociedade civil. Entre os parceiros internos estiveram a Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher, a Procuradoria Especial da Mulher (Promul), o Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça, a Bancada Feminina e a Primeira Secretaria do Senado Federal. Entre os parceiros externos, destacam-se Gênero e Número, Instituto Natura, Consórcio Maria da Penha, Instituto Matizes, Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA Brasil), VoteLGBT, entre outros.

No presente relatório, apresentamos os resultados gerais para a população-alvo da pesquisa, mulheres cisgênero com 16 anos ou mais. Resultados detalhados por unidade da Federação, para mulheres trans e outros recortes serão divulgados em relatórios futuros.

Resumo do método

As amostras do DataSenado são totalmente probabilísticas, permitindo calcular a margem de erro para cada resultado com nível de confiança de 95%. Para estimativas simples envolvendo todas as 21.641 mulheres entrevistadas, a margem de erro média foi de 0,69 ponto percentual, com desvio padrão de 0,45 ponto percentual. As entrevistas foram distribuídas por todas as unidades da Federação, por meio de ligações para telefones fixos e móveis, com alocação uniforme por estado e Distrito Federal. As inferências apresentadas são válidas para toda a população-alvo da pesquisa.

Para uma descrição detalhada da metodologia utilizada, vide Método da Pesquisa .

Principais resultados

A violência doméstica e familiar contra a mulher é uma realidade preocupante, que vitima milhares de brasileiras todos os anos, como podemos comprovar tanto nas estatísticas oficiais (vide Mapa Nacional de Violência de Gênero), quanto nas estimativas ora divulgadas pelo DataSenado.

Uma das principais descobertas apresentadas pela Pesquisa Nacional de Violência contra as Mulheres, desde seu início em 2005, é a estimativa da quantidade de brasileiras com 16 anos ou mais que passaram por situações de violência doméstica e familiar. Essa estimativa é obtida por meio de perguntas que evoluíram ao longo dos anos.

Nessa 11ª edição da pesquisa, o assunto foi investigado de três maneiras, resultando em estimativas de violência declarada em algum momento da vida, violência declarada nos últimos 12 meses e violência vivida nos últimos 12 meses:

  • Violência declarada em algum momento da vida - após várias perguntas iniciais que, aos poucos, aproximam a entrevistadora da entrevistada, surge o primeiro questionamento direto: “E você, já sofreu algum tipo de violência doméstica ou familiar?”. As respostas afirmativas à essa pergunta são categorizadas como violência declarada em algum momento da vida.

  • Violência declarada nos últimos 12 meses - ocorre quando há resposta positiva à pergunta “Algum episódio de violência doméstica ou familiar ocorreu nos últimos 12 meses?”.

  • Violência vivida nos últimos 12 meses - por fim, pergunta-se se, nos últimos 12 meses, alguém do círculo íntimo ou familiar da mulher a insultou, humilhou, fez falsas acusações ou cometeu outras formas de agressão, totalizando 13 tipos de violências domésticas e familiares e 6 violências digitais. A resposta “sim” à ocorrência de uma ou mais dessas situações caracteriza a existência de violência vivida.

Em relação à violência declarada em algum momento da vida, estima-se que, em 2025, 27% das brasileiras já tenham passado por essa agressão. Esse percentual teve redução significativa quando comparado aos resultados de 2023, e agora retorna ao patamar observado em 2021.

Gráfico 1

Violência declarada e violência vivenciada, uma análise conjunta

Ao considerar a combinação de mulheres que declararam ter sofrido violência nos últimos 12 meses com as que vivenciaram algumas das 13 situações listadas na pesquisa, verifica-se não haver diferença significativa nos anos de 2023 e 2025, embora se note leve tendência de queda, que, vale reforçar, deve ser refutada ou confirmada em edições futuras da pesquisa.

Gráfico 2

A análise detalhada da combinação das violências declaradas e vividas nos últimos 12 meses fornece um quadro revelador: praticamente todas as mulheres que declararam ter sofrido violência nos últimos 12 meses relataram pelo menos uma das situações de vivência de violência questionados na pesquisa.

Por outro lado, o contrário não é verdadeiro, já que a maioria das mulheres que vivenciaram pelo menos uma situação específica de violência listado na pesquisa respondeu “não” à pergunta anterior, feita de forma genérica, se sofreu violência doméstica ou familiar nos mesmos últimos 12 meses.

Gráfico 3

A percepção geral sobre a violência

A Pesquisa Nacional investiga, também, a percepção geral das brasileiras sobre a violência contra as mulheres, ou seja, avalia a opinião pública das mulheres acerca do tema.

O que se verifica nos resultados de 2025 é que a opinião pública, em geral, permanece igual ou mais pessimista em relação à violência contra as mulheres, quando comparada com anos anteriores.

Por exemplo, a percepção de que as mulheres não são tratadas com respeito no Brasil permanece alta e estável, com os mesmos 46% em 2023 e 2025.

Já a percepção geral de que o Brasil é um país muito machista aumentou em relação a 2023 e retornou ao mesmo patamar de 2021.

Fenômeno parecido ocorreu quanto à opinião pública de que a violência contra as mulheres aumentou nos últimos 12 meses, tendo arrefecido em 2023 e retomado patamares maiores em 2025.

Gráfico 4

Violência declarada/vivida versus percepção de violência: uma contradição?

A leitura conjunta dos dados acima, tanto de violências declaradas e vividas, quanto de percepção da violência como um todo, sugerem que os esforços de combate à violência contra a mulher no Brasil começam a surtir efeito, mas sugerem, também, que esses efeitos ainda não se mostraram perceptíveis para a opinião pública como um todo.

Essa aparente contradição abre espaço para investigações futuras, a fim de melhor identificar os elementos que confirmem ou não a continuidade da redução da violência doméstica e familiar sofrida pelas brasileiras, bem como as possíveis variações na percepção geral acerca do tema.

Outras novidades na 11ª edição da pesquisa

Outras duas novidades apresentadas na 11ª edição da pesquisa são as perguntas sobre a violência digital e as perguntas sobre a presença de testemunhas quando do momento da agressão.

A pesquisa revela que 8,8 milhões de brasileiras (10% da população feminina de 16 anos ou mais) sofreram algum tipo de violência digital nos últimos 12 meses, a maioria desses casos se referindo ao envio de mensagens ofensivas ou ameaçadoras de forma recorrente (ver análise mais detalhada na subseção Violências vividas, ainda que nem sempre percebidas).

Quanto às pessoas que presenciaram as violências declaradas pelas mulheres, a pesquisa revela que 71% das agressões ocorridas nos últimos 12 meses foram testemunhadas por uma ou mais pessoas. Cerca de 22% dessas violências tiveram como testemunhas apenas crianças e 48%, ao menos um adulto. Verifica-se que, em 19% das violências havia algum adulto presente que não ajudou a vítima (margem de erro de ±4,7%).

Gráfico 5

Nas páginas seguintes, são apresentados outros achados relevantes da pesquisa, com enfoque em temas como a percepção feminina e a vivência da violência doméstica e familiar contra a mulher.

A percepção das mulheres sobre desigualdade de gênero e violências

Percepção sobre respeito às mulheres

A rodada de 2025 da pesquisa revela que a percepção de que as mulheres são tratadas com respeito no Brasil não apresentou mudanças em relação à rodada de 2023, ao considerar a margem de erro. Da mesma forma, as respostas “Às vezes” e “Não” mantiveram o patamar de 2023, também dentro da margem de erro, indicando que a percepção quanto ao respeito às mulheres permanece estável.

Gráfico 6

Quanto à percepção de respeito, em 2025, a análise por Grande Região do país indica que há diferença significativa entre Sul e Nordeste, com percepções de que, no Sul (8%), as mulheres serem mais respeitadas do que no Nordeste (5%). Em relação à escolaridade, mais mulheres não alfabetizadas entendem que mulheres são respeitadas (9%) do que mulheres com o ensino superior incompleto (4%).

Gráfico 7

Gráfico 8

Houve mudanças na percepção dos tipos de espaços em que as mulheres consideraram que são menos respeitadas em 2025. A percepção da rua como o local de menor respeito apontou uma queda estatisticamente significante de 3%, entre as pesquisas de 2023 e 2025, enquanto o percentual do ambiente familiar apresentou aumento significativo de 4% no mesmo período. Em número estimado de mulheres, houve um aumento de pouco mais de 3,3 milhões para esse último, passando de 14,9 para 18,3 milhões mulheres estimadas que consideram o ambiente familiar como o local de menor respeito. Não houve alteração significativa na percepção de desrespeito no ambiente de trabalho.

A posição relativa de cada tipo de localização não foi alterada quando comparada à pesquisa anterior, sendo que “Na rua” mantém-se, desde 2011, percebido como o espaço mais provável que a mulher seja desrespeitada.

Gráfico 9

Percepção geral de violência contra as mulheres

Desde 2017, é possível perceber que as mulheres, majoritariamente, acreditam no aumento da violência doméstica e familiar contra elas (79%). Esse percentual se mantém acima de 70% desde 2019, destacando um aumento significativo de 5% entre os dois últimos anos de pesquisa. Contudo, para o mesmo período, houve queda estatisticamente significante nos percentuais das opiniões “diminuiu” e “Permaneceu igual”, sendo esse último com redução de 5%.

Gráfico 10

Já o entendimento de que o Brasil é um país machista (seja pouco ou muito) permaneceu em 94%, como em 2023. A resposta “Muito machista” teve aumento significativo de 62% para 70%, o que representa, em 2025, 60,9 milhões de mulheres, 8 milhões a mais que a estimativa da pesquisa de 2023.

Gráfico 11

Quanto à percepção sobre as denúncias da violência às autoridades, a opinião das mulheres permanece estatisticamente igual desde 2017: elas acreditam que as mulheres que sofrem agressão denunciam na minoria das vezes. Além disso, nota-se redução de 15% para 12% na opinião que mulheres sempre denunciam ou denunciam na maioria das vezes ao sofrer agressão, entre 2023 e 2025.

Gráfico 12

Violência sofrida por pessoas conhecidas

A maioria das mulheres indicou que alguma amiga, familiar ou conhecida próxima foram vítimas de violência doméstica ou familiar. Em comparação com a pesquisa anterior, não houve mudança significativa, mantendo-se todas as opções de resposta no mesmo nível, considerada a margem de erro.

Gráfico 13

Os instrumentos de proteção às mulheres

Lei Maria da Penha

A pesquisa questionou sobre a percepção das próprias entrevistadas quanto ao seu nível de conhecimento sobre a Lei Maria da Penha. Houve redução de 3% das que declaram que conhecem “Muito” a lei, passando de 24% para 21%. Para quem declara não conhecer nada sobre a lei, houve aumento dos mesmos 3%.

Ao longo dos biênios de realização da pesquisa, não houve mudança nas posições relativas de cada alternativa.

Gráfico 14

Entre as brasileiras, a crença na proteção da Lei Maria da Penha diminuiu. Entre 2023 e 2025, a proporção de mulheres que responderam “Não” subiu 4%, estimando que, nessa edição da pesquisa, cerca de 20,3 milhões de mulheres acreditam que a lei não protege contra a violência.

Além disso, entre 2023 e 2025, observa-se uma redução de 3 pontos percentuais no número de mulheres que acham que a Lei Maria da Penha “protege em parte”, de 51 para 48%. Apesar da queda, esse percentual ainda se mantém em um patamar elevado, com quase metade da população em estudo.

Gráfico 15

Serviços de proteção à mulher

O conhecimento sobre serviços de apoio em casos de violência contra a mulher foi avaliado. Delegacias especializadas no atendimento à mulher são conhecidos por 93% das brasileiras, seguido pela Defensoria Pública, conhecida por 87%. A Casa da Mulher Brasileira é conhecida por apenas 38% das mulheres. Houve diminuição de conhecimento sobre os seguintes locais de atendimento: CRAS ou CREAS (Centro de Referência de Assistência Social e Centro de Referência Especializado de Assistência Social, respectivamente) e Ligue Cento e Oitenta.

Gráfico 16

A percepção do próprio conhecimento sobre medidas protetivas não apresentou diferença em relação à 2023, com todas as opções variando na margem de erro. A crença de pouco conhecimento permaneceu em 68%, o que, em 2025, representa uma estimativa de 59 milhões de mulheres.

Gráfico 17

Violências percebidas, vividas e seus impactos

A violência percebida e declarada

A décima-primeira edição da pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher revela queda no percentual de mulheres que sofreram violência doméstica provocada por homem em algum momento da vida. Após atingir 30% em 2023, o índice retornou ao patamar de 2021, alcançando 27% em 2025, o que corresponde a 23,6 milhões de brasileiras vítimas dessa violência.

Gráfico 18

De 2021 em diante, passou-se a perguntar para as mulheres que já tinha sofrido alguma violência doméstica ou familiar na vida, se a violência mais grave foi provocada por homem ou por mulher. Cerca de 1% das brasileiras (893 mil, aproximadamente) sofreram essa violência outra mulher.

Gráfico 19

Para fins de comparabilidade histórica, os resultados a seguir se referem à violência provocada por homem, pensando no caso mais grave.

Quando questionadas sobre os tipos de violência sofridos, verifica-se que as violências física, patrimonial e sexual sofreram aumento significativo em percentual desde a pesquisa anterior. Ao longo dos últimos anos, é possível ver o aumento consistente dos vários tipos de violência, indicando que as mulheres vão se dando conta que a agressão pode assumir vários matizes.

Gráfico 20

As consequências da violência

Sobre as consequências da violência mais grave sofrida, foi perguntado quais áreas na vida da vítima foram afetadas. Esse é a primeira vez, nos últimos 20 anos de pesquisa, que se investiga esse tema. A maioria das mulheres que declararam ter sofrido violência teve a vida afetada, primeiro, na rotina diária (69%) e, em segundo, no convívio com outras pessoas (68%). O impacto na vida profissional ou trabalho remunerado foi relatado por 46% das mulheres e, impacto nos estudos, por 42%.

Gráfico 21

Convivência e vínculo com o agressor

O número estimado de mulheres que convivem com o agressor no momento da entrevista é de 3,9 milhões, o que representa 17% das vítimas de agressão mais grave provocada por homem. Esse percentual tem caído ao longo dos anos.

Gráfico 22

Sobre as que convivem com o agressor, 12% ainda moram com ele, e 4% não moram mais, mas mantêm a convivência.

Gráfico 23

Em relação à condição de ocupação, a pesquisa mostra que pessoas fora da força de trabalho (que não trabalham nem buscaram trabalho) tendem a morar, em maior percentual, com o agressor, quando comparadas com mulheres desempregadas (não estão trabalhando, mas estão buscando trabalho).

Gráfico 24

Em 2025, assim como em 2023, a relação mais comum entre agressor e vítima era afetiva (marido, companheiro ou namorado). Nessa rodada da pesquisa, entretanto, a estimativa aumentou de 58% para 70%.

Houve redução na proporção de agressões por ex-marido, ex-companheiro ou ex-namorado, passando de 15 para 11%. O terceiro vínculo de agressor mais comum é pai ou padrasto, correspondendo a 7% das agressões.

Gráfico 25

No período de entrevistas, 66% das mulheres que sofreram violência identificaram o vínculo atual com o agressor como ex-marido, ex-companheiro ou ex-namorado, o que significa que boa parte das mulheres romperam o relacionamento afetivo após a violência.

Gráfico 26

A tabela a seguir permite quantificar de forma precisa as transições entre os vínculos afetivos após as agressões. Estima-se que, em 79% dos casos em que o agressor era o marido ou companheiro, o relacionamento foi desfeito e o vínculo atual, no momento da pesquisa, era de ex-marido ou ex-companheiro. Em se tratando de agressões desferidas pelos namorados, 92% dos relacionamentos foram desfeitos.

Tabela 1: Vínculo atual com o agressor por vínculo no momento da agressão - População feminina vítima de agressão por parceiro íntimo - 2025

Estimativa (± margem de erro)

Marido / companheiro

Namorado

Ex-marido / Ex-companheiro / Ex-namorado

Outros

Não sei/Prefiro não responder

Brasil

Marido / companheiro

18% (±2,3%)

1% (±1,1%)

5% (±5,5%)

0% (±0,0%)

0% (±0,0%)

12% (±1,6%)

Namorado

0% (±0,1%)

5% (±3,5%)

0% (±0,5%)

0% (±0,0%)

0% (±0,0%)

0% (±0,3%)

Ex-marido / Ex-companheiro / Ex-namorado

79% (±2,4%)

92% (±4,1%)

91% (±5,8%)

0% (±0,0%)

0% (±0,0%)

66% (±2,5%)

Outros

1% (±0,7%)

1% (±0,8%)

2% (±2,0%)

96% (±2,3%)

0% (±0,0%)

18% (±2,3%)

Não sei/Prefiro não responder

1% (±0,6%)

1% (±1,2%)

2% (±1,3%)

4% (±2,3%)

100% (±0,0%)

3% (±0,8%)

Total

100%

100%

100%

100%

100%

100%

Amostra Observada

4.490

492

711

1.056

81

6.830

Amostra Ponderada

3.617

487

621

1.058

79

5.860

População Estimada

14.584.792

1.964.065

2.502.412

4.264.409

316.702

23.632.380

Fonte: Instituto de Pesquisa DataSenado - coleta de 16.5 a 8.7.2025.
Notas:
(1) Soma dos percentuais difere de 100% devido ao arredondamento.
(2) Diferenças entre totais estimados, para o Brasil, ocorrem devido ao arredondamento.
(3) Questão respondida por quem já sofreu violência doméstica ou familiar provocada por um homem. As entrevistadas responderam em relação à violência considerada por elas como a mais grave.

Dentre os términos de relacionamento após a violência sofrida, verifica-se que a proporção de mulheres que declararam que a agressão influenciou muito para o fim do relacionamento caiu desde a última edição da pesquisa, passando de 90 para 82%, o que indica que outros motivos, além da violência, também se fizeram presentes como motivação para o término da relação.

Gráfico 27

Em geral, o estado que o agressor apresentava no momento da agressão não variou de 2023 para 2025. No entanto, as condições “Estado normal” teve aumento significativo, de 9 para 13%.

Nessa nova edição da pesquisa, foi incluído o estado “em crise de saúde mental”, que teve 20% de respostas, ocupando a 5ª posição num possível ranking decrescente de estados em que o agressor se encontrava no momento da agressão.

Gráfico 28

A violência nos últimos 12 meses

A partir de 2021, é possível estimar o percentual de mulheres brasileiras com 16 anos ou mais que declaram ter sofrido violência nos últimos 12 meses. Em 2025, estima-se que 4% dessas brasileiras se encontravam nessa situação, queda significativa em relação a 2023, quando esse percentual foi de 7%.

Gráfico 29

Analisando os totais populacionais, estima-se que 3,7 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência nos últimos 12 meses. Esse número é 2,2 milhão menor do que em 2023 quando a estimativa foi de 5,8 milhões de mulheres.

Gráfico 30

Ao comparar os resultados por região, cor/raça, nível de escolaridade e tipo de domicílio (urbano ou rural), não se observam diferenças significativas na proporção de mulheres que relataram ter sofrido violência nos últimos 12 meses.

Por outro lado, quando a análise considera renda, situação no mercado de trabalho e faixa etária, as variações são mais evidentes. Destacam-se as mulheres desempregadas (desocupadas, na nomenclatura do IBGE), das quais 12% afirmaram ter sido vítimas de violência no último ano, e aquelas com idade entre 40 e 49 anos, que representam 6% dos casos.

Gráfico 31

Gráfico 32

A busca por ajuda

Após a última agressão sofrida, procurar ajuda da família é a atitude mais frequente entre as vítimas de violência doméstica ou familiar, mencionada por 57% das mulheres. O dado reforça a importância do apoio familiar como primeira rede de amparo.

Em 2025, 53% das mulheres recorreram à igreja em busca de apoio, demonstrando o papel relevante das instituições religiosas como espaço de acolhimento. As Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) foram procuradas por 28% das vítimas, indicando maior reconhecimento desses órgãos como canais de denúncia e proteção.

Além disso, 11% das mulheres ligaram para o número 180, serviço de orientação e denúncia. Apenas 5% não tomaram nenhuma atitude após a agressão, o que revela uma maior disposição das vítimas em buscar ajuda e romper o silêncio.

Gráfico 33

Para a violência sofrida nos últimos 12 meses, 62% das vítimas não solicitaram medida protetiva. Outras 17% solicitaram e a medida foi descumprida, enquanto 20% solicitaram e a medida foi cumprida. Em outras palavras, o agressor, sob medida protetiva, descumpriu a medida em quase metade dos casos.

Gráfico 34

Na pesquisa se investigou, junto às mulheres que buscaram delegacias e o 180, a avaliação do serviço prestado. A maioria considerou os atendimentos ótimos ou bons.

Gráfico 35

Pela primeira vez, a pesquisa identificou os motivos que levam as vítimas a não denunciar. Preocupação com os filhos (17%), descrença na punição do agressor (14%) e a crença de que seria a última agressão (13%) foram os principais. A alta proporção de respostas em “outros motivos” (20%) mostra que o tema ainda precisa ser mais explorado.

Gráfico 36

O testemunho à agressão

Pela primeira vez, a pesquisa investigou a presença de outras pessoas no momento da agressão. A estimativa indica que 71% das vítimas, o equivalente a 2,6 milhões de mulheres, foram agredidas na presença de outras pessoas.

Gráfico 37

A maioria das agressões ocorreu na presença de crianças. Estima-se que, nos 12 meses anteriores à pesquisa, 7 em cada 10 casos de violência tenham sido presenciados por pelo menos uma criança.

Gráfico 38

Entre os casos de violência testemunhados por crianças e ocorridas nos últimos 12 meses, 79% envolviam filhos ou filhas das mulheres agredidas.

Gráfico 39

Em 67% dos casos, a agressão ocorreu na presença de pelo menos um adulto.

Gráfico 40

Quando havia um adulto presente durante a agressão, 59% das testemunhas ajudaram a mulher agredida. Ainda assim, estima-se que 698 mil mulheres não receberam ajuda, mesmo havendo testemunhas adultas.

Gráfico 41

A violência que se repete

A maior parte das mulheres que sofreram violência nos últimos 12 meses descreve a agressão como recorrente, e não como fato pontual. Em 58% dos casos, a violência se prolonga há mais de um ano, e em 21%, teve início há menos de seis meses.

Gráfico 42

A maior parte das mulheres que sofreram violência doméstica ou familiar foram agredidas pela primeira ainda muito jovens. Cerca de 38% relataram ter sido agredidas até os 19 anos, e 29% entre 20 e 29 anos, indicando que dois terços dos casos ocorrem antes dos 30 anos. A partir daí, os percentuais caem significativamente: 15% entre 30 e 39 anos, 9% entre 40 e 49 anos, e apenas 3% e 1% para as faixas de 50 a 59 anos e 60 anos ou mais, respectivamente. Além disso, 5% preferiram não responder ou não souberam informar. Esses dados evidenciam que a violência contra a mulher tende a ocorrer de forma precoce, reforçando a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção e proteção já na adolescência e início da vida adulta.

Gráfico 43

Violências vividas, ainda que nem sempre percebidas

As participantes da pesquisa foram questionadas se vivenciaram, nos últimos 12 meses, uma ou mais de 19 situações de violência. Dentre as situações, 13 se referem a violências gerais, e 6 se referem a situações de violência digital. Observando as situações gerais, verifica-se que 33% das brasileiras passaram por pelo menos uma dessas ocorrências (abaixo seguem o gráfico geral e o gráfico detalhado):

Gráfico 44

Insultar, humilhar, acusar falsamente e assustar são as formas mais frequentes de agressão no período analisado.

Gráfico 45

Uso ou ameaça de usar arma de fogo foi a forma de agressão menos frequente, na estimativa da pesquisa.

Gráfico 46

A violência digital vivenciada nos últimos 12 meses foi avaliada de forma mais ampla em 2025. Uma das situações permite comparação entre essa edição da pesquisa e a edição anterior: houve aumento significativo no uso de fotos ou vídeos íntimos com objetivo de chantagear a vítima que passou de 1 para 2%.

Entre as maiores violências por meio digital, mensagens ofensivas, invasão de contas e mentiras em redes sociais foram as mais frequentes.

Gráfico 47

Perfil sociodemográfico

Gráfico 48

Gráfico 49

Gráfico 50

Gráfico 51

Gráfico 52

Gráfico 53

Gráfico 54

Gráfico 55

Gráfico 56

Gráfico 57

Gráfico 58

Gráfico 59

Gráfico 60

Gráfico 61

Gráfico 62

Gráfico 63

Gráfico 64

Gráfico 65

Gráfico 66

Gráfico 67

Gráfico 68

Método da pesquisa

A pesquisa Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher teve como população-alvo mulheres com 16 anos ou mais residentes no Brasil. As participantes foram selecionadas por meio de Amostragem Aleatória Estratificada 1 . Os estratos foram definidos como sendo as 27 unidades da Federação (26 estados e Distrito Federal). A alocação foi uniforme por estrato. A amostra total foi composta por 21.641 entrevistas, com cerca de 800 em cada estrato (para ver distribuição por UF vide relatório completo).

A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas telefônicas assistidas por computador - CATI ( Computer-Assisted Telephone Interviewing ). Nesse método, a entrevistadora segue roteiro disponibilizado em computador e composto por questionário estruturado, com questões objetivas e orientações para a condução da entrevista. Essa estrutura visa eliminar possíveis vieses de aplicação, bem como maximizar a aderência das cidadãs contatadas à pesquisa. A duração média da entrevista foi de 11’53’’ minutos, sendo 14’40’’ minutos para as mulheres que declararam já ter sofrido violência, e 10’32’’ minutos para as demais. As primeiras responderam perguntas adicionais sobre a violência sofrida.

Os números de telefone usados nas discagens foram gerados aleatoriamente a partir do arquivo de números habilitáveis disponibilizado pela Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel. Esse método permite construir uma lista de discagem totalmente anônima e impessoal, sem qualquer vínculo com cadastros que contenham identificação das(os) titulares das linhas.

Ainda com o objetivo de preservar o total sigilo, anonimato e segurança das respondentes e, ao mesmo tempo, garantir a veracidade, precisão e validade das respostas, o DataSenado adota as seguintes medidas durante o processo de coleta de dados:

  1. As entrevistas são totalmente anônimas, sem que se questione, em nenhum momento, o nome da entrevistada ou qualquer outra informação pessoal que permita sua identificação, mesmo que remota.

  2. Todas as entrevistadoras são mulheres, o que favorece maior empatia entre entrevistada e entrevistadora, evitando possíveis constrangimentos ao tratar de aspectos da vida pessoal que possam parecer inadequados para compartilhar com homens.

  3. As perguntas formuladas exigem, em sua maioria, respostas simples ou monossilábicas (como “sim”, “não”, “muito”, “pouco”, “nada”, “aumentou”, “diminuiu” etc.), o que permite à entrevistada responder de forma rápida e natural, independentemente de quem esteja ao seu lado, evitando desconfortos causados pela presença de terceiros.

  4. A apresentação inicial da pesquisa é propositalmente genérica e evasiva (“Estamos realizando uma pesquisa sobre assuntos relevantes para o Brasil e sua opinião é muito importante”), especialmente para os casos em que um homem atende à ligação (45% das ocorrências de todas as ligações feitas durante a pesquisa). Isso evita constrangimentos ou suspeitas sobre o tema da pesquisa ao repassar o telefone para a mulher que irá respondê-la.

  5. Atendido o telefone e, após verificar se a entrevistada pertencia à população-alvo, a entrevistadora solicitava autorização para realizar a pesquisa.

  6. Após a autorização inicial da entrevistada, a pesquisa tem início com perguntas gerais e amplas, para que se faça aproximação lenta e gradual entre a entrevistadora e respondente, de maneira que se construa uma, ainda que breve, relação de confiança para as respostas sobre temas ligados a violência.

  7. As entrevistadoras são orientadas a encerrar imediatamente a entrevista caso a entrevistada demonstre desconforto ou manifeste desejo de interromper o diálogo.

  8. As entrevistadas são informadas sobre a existência do Ligue 180, canal de apoio em casos de violência.

  9. As entrevistadoras também orientam sobre os canais oficiais do Senado Federal que permitem verificar a autenticidade da pesquisa (os canais são os apresentados em https://www12.senado.leg.br/institucional/falecomosenado).

Essas medidas reforçam o compromisso do Senado Federal com a segurança das entrevistadas e com a obtenção de respostas que reflitam, de forma fiel, a realidade das mulheres no Brasil.

Para compor a amostra, foram realizadas ligações telefônicas para todo o país. As quantidades de números fixos e móveis sorteados na amostra foram estabelecidas de forma a garantir que, por estrato, a probabilidade de sorteio de qualquer número fosse a mesma, independente de se tratar de telefone fixo ou móvel.

Foram auditadas 21% das entrevistas, verificando itens como cordialidade, leitura fluente, marcação correta das respostas, não direcionamento das respostas, dentre outros aspectos de qualidade e imparcialidade durante a aplicação da pesquisa.

No cômputo dos resultados, foi aplicada técnica de análises de pesquisas com amostras complexas, que leva em conta três aspectos: taxas de respostas, probabilidades de seleção das entrevistadas e características sociodemográficas da população-alvo. Esses aspectos foram considerados na ponderação por meio do cálculo de três fatores, que, juntos, resultaram em peso amostral que permite obter estimativas para a população-alvo da pesquisa.

As estimativas das taxas de respostas, calculadas por estrato e tipo de telefonia, foram obtidas de forma equivalente à Response Rate 6 (RR6) da American Association for Public Opinion Research (AAPOR, 2023, p. 85-86), a partir dos metadados das discagens telefônicas, coletados no decorrer da pesquisa. A taxa de resposta assim calculada foi de 14,7%.

A probabilidade de seleção das entrevistadas foi calculada com base na quantidade de pessoas que compartilhavam cada uma dessas linhas e no total de linhas habilitadas alcançadas na pesquisa em relação ao total de linhas habilitadas no Brasil por UF, segundo as estatísticas mais recentes da Anatel.

Nos resultados nacionais, os pesos foram ajustados para refletirem a proporção da população feminina por estrato, segundo as seguintes características sociodemográficas: idade, escolaridade, raça/cor, situação do domicílio (rural ou urbana), porte do município e condição de ocupação. Para tanto, foi utilizado o método rake , considerando:

  1. Para as informações de sexo, idade, escolaridade, raça/cor, situação do domicílio e condição de ocupação: a distribuição da população brasileira de mulheres com 16 anos ou mais, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua – PNAD Contínua, do IBGE, do 2º trimestre de 2025.

  2. Para o porte do município: a distribuição da população por porte de município: até 50.000 habitantes, de 50.001 a 500.000 habitantes e mais de 500.000 habitantes, de acordo com os dados da Estimativa Populacional 2025 divulgada pelo IBGE no Diário Oficial da União de 28 de agosto de 2025.

Quanto às margens de erro da pesquisa, o uso do método acima permitiu calcular a margem de erro de cada uma das milhares de estimativas divulgadas no relatório. O nível de confiança utilizado nesses cálculos foi de 95%. Dessa forma, não existe uma única margem de erro para toda a pesquisa. Não obstante, considerando as estimativas para tabelas simples em que todas as mulheres foram entrevistadas, sem cruzamentos ou filtros (21.641 mulheres), tem-se que, em média, a margem de erro observada foi de 0,69 ponto percentual, com desvio padrão de 0,45 ponto percentual. Já para as tabelas dedicadas apenas às mulheres que declararam ter sofrido violência em algum momento da vida (7.089 mulheres) apresentaram margem de erro média de 1,19 ponto percentual, com desvio padrão de 0,69 ponto percentual. E, para as tabelas dedicadas às mulheres que declararam que alguma violência sofrida ocorreu nos últimos 12 meses (1.104 mulheres), a margem de erro média é de 3,49 pontos percentuais, com desvio padrão de 2,32 pontos percentuais.

Tabela 2: "Média e desvio padrão das margens de erro por grupo ou subgrupo de amostra" - 2025

Média da margem de erro

Desvio padrão da margem de erro

Tamanho da (sub)amostra

Amostra completa - todas as entrevistadas

0,69 p.p.

0,44 p.p.

21.641

Mulheres que declararam ter sofrido violência em algum momento

1,19 p.p.

0,69 p.p.

7.089

Mulheres que declararam ter sofrido violência em algum momento, e a violência mais grave foi provocada por homem

1,5 p.p.

1,07 p.p.

6.830

Mulheres que declararam ter sofrido violência nos últimos 12 meses

3,52 p.p.

2,34 p.p.

1.104

Os percentuais estimados e divulgados no relatório foram arredondados de acordo com o seguinte critério: para números com decimal menor que 0,5, foi mantida a parte inteira; e para números com decimal maior ou igual a 0,5, adicionou-se uma unidade à parte inteira do número. O uso desse método de arredondamento faz com que, em alguns casos, a soma dos percentuais de gráficos e de algumas colunas das tabelas seja diferente de 100%, para mais ou para menos, sem que isso implique em erro de cálculo.

Tabela 3: "Distribuição do tamanho da amostra por unidade da Federação" - 2025

Unidade da Federação

Amostra
Observada

População estimada de mulheres com 16 anos ou mais de idade

São Paulo

800

19.278.408

Minas Gerais

799

8.693.752

Rio de Janeiro

801

7.480.868

Bahia

801

6.198.128

Paraná

802

4.857.268

Rio Grande do Sul

800

4.690.444

Pernambuco

801

3.958.118

Ceará

802

3.868.970

Pará

798

3.290.934

Santa Catarina

801

3.285.497

Goiás

801

2.989.601

Maranhão

806

2.737.507

Espírito Santo

803

1.672.051

Paraíba

806

1.666.952

Amazonas

802

1.577.840

Mato Grosso

799

1.458.700

Rio Grande do Norte

804

1.451.839

Piauí

799

1.348.329

Alagoas

800

1.292.414

Distrito Federal

802

1.250.983

Mato Grosso do Sul

810

1.130.008

Sergipe

799

947.878

Rondônia

800

681.092

Tocantins

801

589.429

Acre

799

317.600

Amapá

802

303.875

Roraima

803

233.643

Total

21.641

87.252.128

Referências bibliográficas

  • BOLFARINE, H.; BUSSAB, W. de O. Elementos de amostragem. Ed. Edgard Blucher. São Paulo, 2005.
  • HEERINGA, S. G., BRADY, T. W., e PATRICIA, A. B. Applied survey data analysis. CRC press, 2017.
  • KISH, L. Survey sampling. Ed. John Wiley & Sons. New York, 1965.
  • THE AMERICAN ASSOCIATION FOR PUBLIC OPINION RESEARCH. Standard definitions: Final dispositions of case codes and outcome rates for surveys, 10th edition. 2023.

Footnotes

  1. Delineamento amostral que ‘consiste na divisão de uma população em grupos (chamados estratos) segundo alguma(s) característica(s) conhecida(s) na população sob estudo, e de cada um desses estratos são selecionadas amostras em proporções convenientes’ (BOLFARINE e BUSSAB, 2005, p. 93). ↩︎