Portal O Senado
Presidência
Grandes Momentos do Parlamento Brasileiro
 
 



"A miséria que aí está não foi obra do parlamentarismo do Império. É a obra da República. É a obra do presidencialismo.

Nelson de Sousa Carneiro nasceu em Salvador no dia 8 de abril de 1910, filho de Antônio Joaquim de Sousa Carneiro e de Laura Coelho de Sousa Carneiro.

Estudou em Salvador até se formar pela Faculdade de Direito da Bahia em 1932.

Em 1929 filiou-se ao Partido Democrático Universitário da Bahia e iniciou sua carreira jornalística em O Jornal. Em agosto de 1932 foi preso e deportado para o Rio de Janeiro por ter apoiado a Revolução Constitucionalista de São Paulo, movimento de oposição ao Governo Provisório chefiado por Getúlio Vargas.

Filiou-se à União Democrática Nacional e em dezembro de 1945 foi eleito suplente de deputado pela Bahia à Assembléia Nacional Constituinte. Em 1947, após a promulgação da Constituição, assumiu uma cadeira.

Em 1950 foi eleito deputado federal pela Bahia na legenda da coligação constituída pelo Partido Social Trabalhista — PST, o Partido de Representação Popular — PRP, e o Partido Social Democrático — PSD. Tomou posse em fevereiro do ano seguinte e começou a defender suas teses divorcistas no Congresso, preocupando-se em particular com a situação da mulher.

Em outubro de 1958 concorreu às eleições pelo Rio de Janeiro, já que havia se transferido para aquela cidade, na legenda da coligação formada pelo seu partido, o PL, o Partido Socialista Brasileiro — PSB, o Partido Republicano Trabalhista - PRT e o Partido Trabalhista Nacional — PTN. Foi eleito e, em fevereiro de 1959, iniciou seu novo mandato na Câmara Federal.

No ano seguinte, em 1960, com a transferência da Capital para Brasília, passou a representar o Estado da Guanabara.

Após a renúncia do Presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, foi Nelson Carneiro quem propôs, relatou e conduziu a votação da Emenda Constitucional nº 4, que instituiu o parlamentarismo no Brasil.

Em outubro de 1962, foi reeleito pelo Estado da Guanabara na legenda da Frente Popular, tendo sido reeleito ainda em 1966.

Em novembro de 1970 foi eleito senador pelo MDB da Guanabara e em 1971 foi eleito líder do MDB no Senado.

Com a fusão dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro em março de 1975, integrou-se politicamente à corrente emedebista do antigo estado do Rio.

Reelegeu-se para o Senado ainda duas vezes consecutivas, em 1978 e em 1986, como Senador Constituinte. Presidiu o Senado e o Congresso Nacional no biênio 1989-1990.

Em novembro, após a extinção do bipartidarismo, Nelson Carneiro filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro — PMDB.

Viúvo, casou-se com Maria Luísa Monteza de Sousa Carneiro, natural do Peru, com quem teve uma filha, e, tendo-se divorciado anos depois, veio a se casar com Carmem Periu Casagrande de Sousa Carneiro.

Faleceu em 6 de fevereiro de 1996, no Rio de Janeiro.

 

voltar ao início da página

 

 

23 de março de 1988

 

Contexto Histórico
Áudio - mono

Áudio
Volume 2

Pronunciamento
Áudio - mono

Áudio
Volume 2

 

Durante a apreciação da proposta de emenda presidencialista, em 23 de março de 1988, o Senador Nelson Carneiro lembrou os grandes dramas políticos do País em razão da prática do presidencialismo, tais como o suicídio de Getúlio Vargas e o exílio de Juscelino Kubitschek, marcando suas convicções parlamentaristas.

 

 

voltar ao início da página