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Presidência
Grandes Momentos do Parlamento Brasileiro
 
 



"Que nos fechem hoje, mas com o povo que nos assiste ao nosso lado; e não nos fechem amanhã, ingloriamente, com o aplauso do povo brasileiro, como aconteceu em 1937."

Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Filho nasceu em 12 de fevereiro de 1921, em Manaus, Amazonas, filho do magistrado Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro e Luiza da Conceição do Carmo Ribeiro.

Formou-se em Direito, em 1944, em Manaus, pela Faculdade de Direito do Amazonas. Teve como atividades principais a advocacia e o jornalismo.

Ingressou na vida pública como chefe de gabinete do Governo do Amazonas e depois como secretário de Finanças e do Interior e Justiça.

Seu primeiro mandato foi em 1947, quando foi eleito deputado à Assembléia Constituinte do Amazonas pela legenda do Partido Social Democrático — PSD. Após a promulgação da nova Carta estadual, exerceu o mandato até janeiro de 1951, ainda na legenda do PSD e, mais uma vez, em outubro de 1954, pelo Partido Trabalhista Brasileiro — PTB.

Em outubro de 1958 foi eleito deputado federal pelo Amazonas, cadeira que ocupou no início de 1959. Em maio do mesmo ano tornou-se vice-líder do PTB e, dois meses após, vice-líder do bloco parlamentar de oposição.

Em 1961, durante o Governo do Presidente Jânio Quadros, apoiou a política externa oficial sustentando os princípios de autodeterminação, de não-intervenção e não-alinhamento do Brasil nas disputas entre os blocos hegemônicos internacionais. Já no Governo de Goulart, em novembro de 1961, apoiou o reatamento das relações diplomáticas com a União Soviética, rompidas em 1947, e a Emenda Constitucional nº 5, que ampliou a participação dos municípios na renda tributária nacional.

Em março de 1962, alinhado ao chamado Bloco Compacto do PTB, grupo que reunia parlamentares de tendências socialistas, foi reconduzido à vice-liderança de seu partido na Câmara. Neste mesmo ano, no pleito de outubro, elegeu-se senador pelo Amazonas. Tomou posse no Senado em fevereiro de 1963. No mês seguinte fez-se líder do PTB e, em maio, vice-líder da Maioria — PSD e PTB e do Governo.

Em 16 de abril de 1964, Arthur Virgílio renunciou à vice-liderança do seu partido no Senado, estando já instalado o Governo de Humberto Castelo Branco. Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 e a posterior implantação do bipartidarismo, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro — MDB, do qual tornou-se vice-líder no Senado em 1968.

Foi cassado em 1969 e teve seus direitos políticos suspensos por dez anos por força do Ato Institucional nº 5, de 13 -12-1968. Só em agosto de 1979 foi beneficiado pela anistia decretada pelo Presidente João Figueiredo.

Casou-se com Isabel Vitória de Matos Pereira. Seu filho Arthur Virgílio Ribeiro Neto elegeu-se deputado federal pelo Amazonas pela primeira vez, em 1982, na legenda do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, e hoje ocupa uma cadeira na Câmara pelo PSDB do Amazonas.

Arthur Virgílio Filho faleceu em 31 de março de 1987, no Rio de Janeiro.

 

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27 de outubro de 1965.

Contexto Histórico
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Volume 2

Pronunciamento
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Volume 2

 

Em tumultuada sessão do Congresso Nacional, de 27 de outubro de 1965, dia imediatamente posterior ao da assinatura do AI-2, o Senador Arthur Virgílio discursa combatendo o Ato, considerando-o contrário aos brasileiros sem direitos políticos.

 

 

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