Secretária Nacional de Mudança Climática apresenta ações do governo em Comissão — Rádio Senado
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Secretária Nacional de Mudança Climática apresenta ações do governo em Comissão

A Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas ouviu nesta quarta-feira (15) a secretária nacional de mudança climática do Ministério do Meio Ambiente. Ana Toni apresentou aos integrantes do colegiado as ações do governo para mitigar as emissões de gases de efeito estufa e os planos de adaptação a um cenário em que o aumento de temperatura no planeta já provoca danos como os ocorridos no Rio Grande do Sul. Segundo ela, as medidas exigem o envolvimento de todos os segmentos da sociedade.

15/05/2024, 19h52 - ATUALIZADO EM 15/05/2024, 19h52
Duração de áudio: 02:59
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO MISTA PERMANENTE SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS OUVIU, NESTA QUARTA-FEIRA, A SECRETÁRIA NACIONAL DE MUDANÇA DO CLIMA, DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. ANA TONI FALOU SOBRE OS PLANOS DE ADAPTAÇÃO A EVENTOS EXTREMOS, COMO OS OCORRIDOS NO RIO GRANDE DO SUL. REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS: A secretária nacional de mudança do clima, Ana Toni, apresentou aos integrantes da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças do Clima as ações do governo para minimizar as emissões de gases de efeito estufa e os planos de adaptação a um cenário em que o aumento da temperatura no planeta já provoca danos como os ocorridos no Rio Grande do Sul. Redução do desmatamento, plano de transição energética e um plano safra com incentivo à produção agrícola sustentável são algumas medidas do Executivo de mitigação que, segundo Ana Toni, podem reduzir a emissão de gases de efeitos estufa e, ao mesmo tempo, capturar carbono da atmosfera. De acordo com ela, o orçamento de carbono do país prevê, em 2025, a emissão de 1,7 gigatoneladas de CO2. Em 2030, o governo estima reduzir esse volume para 1,2 gigatoneladas, com previsão de neutralização para 2050. Quanto à adaptação à nova realidade, Ana Toni afirmou que a secretaria conta com 15 programas que exigem uma ação multissetorial, envolvendo integralmente a sociedade, para minimizar os efeitos gerados por eventos climáticos. Dos cinco mil, quinhentos e setenta municípios, três mil, seiscentos e setenta e nove têm baixa capacidade de adaptação às mudanças climáticas, informou a secretária: (Ana Toni) "São em todas as regiões do Brasil, todas elas estão vulneráveis a isso. E como eu disse, uma baixíssima. E são todos os tipos de eventos. É desabamento, enchente, inundação, seca. Enquanto a gente tá vivendo do Rio Grande do Sul essa enchente, a gente está prestes a viver agora a seca no Norte. Então, a gente vai ter de criar capacidade." Ana Toni acredita ainda que, nos municípios onde a situação é mais crítica, ações emergenciais podem fazer a diferença num curto prazo, como limpeza de drenagem e bueiros, construção de abrigos e capacitação de pessoal da defesa civil. Integrante do grupo de trabalho que discutiu a reforma tributária, o deputado federal Sidney Leite, do PSD do Amazonas, lamentou que o texto final aprovado pelo Congresso Nacional não tenha contemplado a ideia de alíquota mais elevada para atividades que mais emitirem carbono: (dep. Sidney Leite) "Nós não podemos ter tratamento isonômico para matriz que polui para matriz que não polui, para matriz que tem uma preocupação ambiental e a questão do aquecimento global de uma que não tem. E trazer para os debates dessa comissão como por exemplo em que que nós podemos avançar, a partir do que está pronto, de reduzir os impactos de produtos como o plástico." A Comissão Mista Permanente Sobre Mudanças Climáticas também aprovou três requerimentos. Um deles prevê a visita de integrantes do colegiado ao Rio Grande do Sul, para acompanhar a situação das inundações no estado. Requerimento semelhante também foi aprovado nesta terça-feira, pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.

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