CMA debate potencial energético na Margem Equatorial — Rádio Senado
Audiência pública

CMA debate potencial energético na Margem Equatorial

Nesta quinta-feira (25), a Comissão de Meio Ambiente (CMA) promoveu audiência pública sobre o potencial de petróleo e gás da Margem Equatorial. Em relação a exploração no bloco da Foz do Amazonas, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, esclareceu que o tempo de resposta a acidentes foi considerado longo. Já Daniele Lomba, da Petrobras, esclareceu que foi oferecido à Bacia o dobro de recursos para evitar tragédias ambientais. A empresa espera uma nova licença da autarquia.

25/04/2024, 13h03 - ATUALIZADO EM 25/04/2024, 13h04
Duração de áudio: 02:38
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE PROMOVEU AUDIÊNCIA PARA DEBATER O POTENCIAL DE PETRÓLEO E GÁS NA MARGEM EQUATORIAL. DURANTE A REUNIÃO, O IBAMA CRITICOU O TEMPO DE RESPOSTA A ACIDENTES NO BLOCO DO AMAPÁ, MAS A PETROBRAS DISSE QUE RECURSOS TÉCNICOS SÃO SUFICIENTES. REPÓRTER LUIZ FELIPE LIAZIBRA. A Comissão de Meio Ambiente promoveu audiência pública para discutir a exploração e a produção de petróleo e gás na Margem Equatorial. A região concentra a faixa litorânea do norte do país, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Ao todo, são 42 reservas que podem ser exploradas. No ano passado, o Ibama concedeu autorização de pesquisa para a Petrobras perfurar dois poços na Bacia Potiguar, mas em relação ao bloco da Bacia da Foz do Amazonas, a autarquia negou a licença depois de oito revisões do estudo de impacto ambiental. O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, ressaltou que no plano apresentado pela empresa o tempo de resposta a acidentes era longo.  Rodrigo Agostinho: "Um ponto que para nós foi muito relevante para os técnicos foi em relação ao plano de proteção à fauna. Estamos falando de um poço de exploração em frente ao Oiapoque, a 70 km de Oiapoque, mas a 830 km da base, designada como resposta a um eventual acidente. Isso significa de lancha rápida, a gente demoraria de 43 a 48 horas para chegar na área." A Petrobras recorreu. A Gerente Geral de Licenciamento Ambiental da empresa, Daniele Lomba, esclareceu que foram oferecidos à Bacia  mais recursos para evitar acidentes.  Daniele Lomba: "A Petrobras planejou, projetou e ofereceu um plano para a margem equatorial, para o Amapá, o dobro dos recursos entre equipamentos e pessoas treinadas, o dobro do que ela tem hoje implantado nas bases de Campos e Santos." O diretor do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, Júlio Moreira, disse que o país só tem reservas de petróleo para os próximos quinze anos. Nesse sentido, a exploração da Margem Equatorial é essencial para que não seja necessário importar o combustível de fora. O senador Beto Faro, do PT do Pará, destacou que o potencial energético pode trazer desenvolvimento para regiões pobres da Amazônia.  Beto Fato: "Os frutos dessa exploração poderão se transformar em fronte substancial de recursos para o financiamento do desenvolvimento sustentável do país e da região. Não é razoável imaginar que uma região economicamente periférica como a Amazônia, com uma taxa de pobreza muito grande, simplesmente aceite descartar a exploração dessa riqueza natural." A audiência também contou com a presença do representante da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar. Sob a supervisão de Pedro Pincer, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra. 

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